quarta-feira, 20 de julho de 2011

Preso entre os ponteiros.


Há dias que tenho fome, há dias que tenho frio
Mas há dias que parecem noites infinitas
E vivo na escuridão
Sem saber se o dia irá clarear

Eu existo apenas como matéria
Pois todos me ignoram
Acham-me inútil, sujo e vagabundo
Sentem desprezo e me repudiam

Passam por mim correndo, desesperados falando em seus celulares
Com suas gravatas enforcadoras e papéis nas mãos
Estão presos em um cárcere imaginário onde sequer percebem
Que tudo o que querem é uma mera ilusão

Sentem asco de minha condição
E eu sinto que a felicidade é uma amiga anônima
Que se mantém no desconhecido, e nos visita no mesmo horário...

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