sábado, 11 de julho de 2009

As ruas estão sujas,
As ruas são sujas
para todo lado que olho vejo concreto
e sinto apenas um frio, um frio inexplicável mesmo em dias quentes

Minha visão é feita entre as frestas de cada prédio
O sol ilumina meu rosto durante a manhã
mas não me aquece.

Não consigo ainda prever um futuro
Talvez porque não me privam enchergar-lo
Não me deixam viver outra vida além dessa de vagar pela cidade
Andando pelas ruas, procuro algo que não sei explicar

Sei que há lugares vagos para mim
Resido na cidade .
Mas a minha residência não tem nº
não tem nome, não tem endereço.

Eu resido no mundo,
procurando um leito de concreto, na cidade doença.

2 comentários:

Papel, caneta e um mundo inteiro... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Papel, caneta e um mundo inteiro... disse...

O efeito-babilônia: é tangível, mas não conseguimos sentir o toque. Estamos entorpecidos, como na letra do Pink Floyd. Um poema meu fala um tiquinho disso, talvez você goste: http://papelcanetaeummundo.blogspot.com.br/2011/09/fuga.html
Ah, parabéns!