Acabei de acordar, e não consigo enxergar o que está na minha frente.
Gotas de suor descem em meus lábios, e eu sinto o gosto salgado delas despertando meu paladar.
Tento me movimentar e não consigo, parece que estou amarrado.
Não sei onde, não sei quem eu sou.
Uma aflição que toma o corpo, tento gritar, mas minha voz não sai.
Respiro alto, respiro baixo. Por mais que eu me esforce meus movimentos parecem ser estáticos.
Meu corpo não me obedece, minhas pernas não se levantam.
Sinto que posso estar morrendo, mas ainda não escutei o som do fim.
A agonia toma meu corpo, e eu mais uma vez tento gritar.
E parece que há algo me sufocando não deixando que eu grite.
Talvez se eu gritar socorro, alguém venha me ver.
Mas quem poderia vir?
Eu ainda nem sei aonde estou.
Meus braços parecem estar entrelaçados em mim mesmo, como se formassem um nó.
Um nó terrível, que eu mero mortal não consigo desfazer.
Sinto-me tonto, parece que tudo gira.
Mas não tenho certeza, pois não enxergo nada.
As luzes finalmente se acendem, percebo estar em um quarto branco.
Não há janelas, e eu preciso respirar.
Cadê as janelas desse lugar que eu não sei onde é?
Alguém poderia me dizer o que acontece.
Onde estou, quem eu sou, como estou ?
Mas não ouvem, minha impaciência se mistura com minha angustia.
Onde estão as pessoas?
Para onde devo olhar?
Com quem devo falar?
Abriu uma porta, alguém vem em minha direção
As minhas questões embaralham meu cérebro, e eu não consigo dizer nada
Apenas sinto uma dor no braço, e novamente caio, caio no sono profundo que me lembra a morte.
Mas ainda não escutei o som dela.
E todos os dias se tornam iguais.
A aflição e o medo fazem parte de mim.
Todos os dias, a mesma sensação de morte, mas ainda não ouvi o seu som.
Anunciando o meu fim, o fim dessa angústia.
O fim desse pesadelo.
Constante enganação, onde estou não sei
Só sei que nunca mais saí daqui.
Eu poderia escrever palavras de amor ou de ódio, mas optei por escrever singelas opiniões sobre o q vejo no dia a dia, situações que passam despercebidas, mas que geram grandes reflexões.
domingo, 31 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
alien - ação

As mudanças estão ocorrendo rapidamente
a tecnologia está incontrolável, a cada hora há uma novidade,
coisas que não necessitmos que e trazem o ar de facilidade, de melhora.
Desde o início da sociedade, nós humanos praticamos o egoísmo
e pensamos como único ser no mundo
Com PODER e com ele todo o dinheiro que cobiçamos
Mas hoje o PODER está mais próximo de nós proletariados
Hoje você pode ter seu próprio poder por ter uma TV de plasma,
ou um carro conversível,
ou até mesmo um celular com 15.000 funções diferentes
e pagar essas "necessidades" em pequenas prestações e frustações absurdas por pagar por muto tempo algo que te traz tanta felicidade por alguns dias.
Tudo para mostrarmos para nossos vizinhos e familiares, o qto somos poderesos por possuir algo. Algo que não há necessidade de obter, ou vc precisa realmente de um conversor digital ?
Para que? para ter um contato mais real com a alienação ? ver ela mais bonita e colorida ?
Hoje o sentido de vida está complementado com O consumo que lhe dá o PODER
pois não é qualquer um que pode ter certos "privilégios"
que essa vidinha moderna pode conceber.
Daí surge toda a explicação do que está acontecendo com o mundo.
Viva !!! o Concreto, e todo esse progresso patético que estamos vivendo !
( é bom ter contato direto com a sujeira, assim meus olhos podem abrir mais, cada vez mais!)
quarta-feira, 13 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
a maior farsa de todos os tempos
O rei está passando fome,
quantos de nós morremos por isso ?
O rei está sendo julgado,
quantos de nos morremos pelo seu julgamento ?
O rei está perto da morte,
quantos de nós morremos esperando um milagre do rei ?
O rei não abençoa mais ninguém,
quantos de nós morremos acreditando em sua benção ?
retirado do zine Liberdade exposta (2005).
quantos de nós morremos por isso ?
O rei está sendo julgado,
quantos de nos morremos pelo seu julgamento ?
O rei está perto da morte,
quantos de nós morremos esperando um milagre do rei ?
O rei não abençoa mais ninguém,
quantos de nós morremos acreditando em sua benção ?
retirado do zine Liberdade exposta (2005).
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